KHEVSURS – OS ÚLTIMOS CAVALEIROS CRUZADOS?

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Soldado Khevsur armado com broquel, espada e mosquete, vestindo sua cota de malha, 1877.

Seriam os Khevsurs do norte da Geórgia descendentes de cruzados que se estabeleceram nas montanhas do Cáucaso?

Fonte – www.historiamilitaronline.com.br

Os Khevsurs ou Khevsureti eram habitantes do Reino da Georgia, país que, apesar de possuir uma extensão diferente da que existe hoje, leva o mesmo nome e situa-se ao leste do cáucaso e ao sudoeste da Rússia.

Em 1915, um ano após o início da Primeira Guerra Mundial, os habitantes de Tblisi (capital da Georgia) acordaram para assistir a marcha de uma tropa de guerreiros montados descendo por suas ruas de paralelepípedo. Armados com cotas de malha enferrujadas, espada e broquel, carregando fuzis que eram praticamente artefatos de museu. Eles chamavam a si mesmos de Khevsoor. Sua missão: Após saberem que seu Czar estava em guerra, decidiram deixar suas espadas à disposição do imperador.

georgia - khevsur warriors

Eles acreditavam ser os descendentes diretos de um grupo de cruzados que acabou indo parar no leste do cáucaso e nunca mais saiu de lá. As razões para este êxodo não estão claras até hoje, porém, também não está comprovado se é apenas uma lenda ou um engano histórico.

A pergunta que fica é, como ainda próximo ao Século XX, haviam partes do mundo onde soldados ainda utilizavam indumentária de combate medieval durante escaramuças que digam-se “modernas”?

A resposta é bem interessante. Quando Europa entrou no Séc. XX, ainda haviam pequenos vestígios de populações que ainda estavam virtualmente intocadas pelo avanço tecnológico/industrialização e da comunicação. Algumas destas sub-culturas isoladas ainda traziam traços de sistemas de combate que até mesmo os grandes niveladores culturais do século, Comunismo e Fascismo/Nazismo, levaram décadas para erradicar.

crusaders

Inúmeras tentativas de explicar o surgimento destes guerreiros provenientes de referências medievais europeias, inclusive em seus costumes, foram em vão. No entanto, traços do idioma francês e alemão foram encontrados em seu dialeto local, tal como os detalhes de sua indumentária que remontam armaduras de malha utilizadas pelos persas durante as cruzadas.

Com tantas variações ao tentar explicar como tudo isto ainda persiste numa região sem quaisquer tradições do gênero, talvez este fato ainda permaneça para sempre sem uma devida explicação.