Outubro se aproxima do seu crepúsculo, mas ainda estamos a todo vapor nas atividades literárias aqui em Natal. Nesta terça começa a FLIQ (Feira de Livros e Quadrinhos de Natal), na quinta teremos lançamento de mais um livro e, no último dia do mês, fechando com chave de ouro, o 6º lançamento do mês. # OTTO GUERRA – TRAÇOS E REFLEXOS DE UMA VIDAUma das filhas do grande pensador e humanista Otto de Brito Guerra, Dona Zélia Maria Seabra de Moura, organizou e vai lançar nesta quinta (25.10) uma reunião de textos importantes sobre seu pai que, se vivo estivesse, haveria completado 100 anos no último mês de julho. O livro será lançado pelo selo “Bons Costumes”, divisão da Jovens Escribas para publicações por encomenda.
Lançamento de “Otto Guerra – Traços e reflexos de uma vida” de Zélia Maria Guerra Seabra. Local: UNI-RN. Data: 25 de outubro de 2012 (Quinta-feira)Hora: A partir das 19h
# EU NÃO SOU HERÓI – A HISTÓRIA DE EMIL PETR. Mais um belo registro que chega às prateleiras por obra do selo “Bons Costumes” é o livro “Eu não sou herói – A história de Emil Petr”. Trata-se da biografia do filho de tchecos que nasceu nos Estados Unidos, lutou na Segunda Guerra Mundial, foi capturados pelos alemães, sobreviveu, veio a Natal e tornou-se patriarca da família Vale. Uma grande história contada pelo pesquisador Rostand Medeiros a pedido da família. A estreia do livro será no derradeiro dia do mês de outubro, no Iate Clube de Natal.
Lançamento de “Eu não sou herói – A história de Emil Petr” de Rostand Medeiros.Local: Iate Clube de Natal. Data: 31 de outubro de 2012 (Quarta-feira)Hora: A partir das 19h
No último dia 22 de abril, sexta feira, o jornal natalense Tribuna do Norte publicou uma reportagem sobre o lançamento do livro de minha autoria “João Rufino, um visionário de fé”. O lançamento desta obra ocorreu nesta bela cidade serrana no último sábado, da qual detalharei em outros materiais futuros.
Segue o texto publicado com algumas fotos que consegui com a ajuda do grande Tasso…
Livro traz história do café no RN
“Era dali daquela esquina que uma chaminé incensava as manhãs enevoadas de inverno e despejava o cheiro matinal do café torrado que impregnava o ar e a fumaça se encarregava de espalhar por toda a cidade.” As palavras do arquiteto José Gaudêncio Torquato sintetizam a atmosfera que permeia a biografia “João Rufino, um visionário de fé”, criador do Café Santa Clara nos idos dos anos 1950, na pequena cidade serrana de São Miguel. O livro, escrito pelo pesquisador Rostand Medeiros, será lançado com grande festa neste Sábado de Aleluia, dia 23, naquele município localizado no extremo Oeste do RN, distante cerca de 440km da capital potiguar – lugar onde tudo começou.
Junto a Seu João e Dona Joana Rêgo.
O adjetivo ‘grande’ não é mero subterfúgio linguístico, e pode ser entendido como ‘intenso’ devido à programação agendada para o acontecimento: além do tradicional coquetel de lançamento, marcado para às 19h, com direito a sessão de autógrafos do autor; na mesma hora e local também haverá abertura da exposição fotográfica “São Miguel, minha terra”, composta de 300 imagens históricas e atuais que contextualizam a biografia. Em seguida, às 22h, no palco montado na praça Pedro Rufino, a cidade será brindada com show do cearense Raimundo Fagner, amigo pessoal do homenageado desde a mocidade (o cantor nasceu em Orós, CE, cidade situada a pouco mais de 80km de São Miguel). Fagner e Gaudêncio, igualmente amigo de infância da família, assinam o prefácio.
Com pouco mais de 22 mil habitantes (IBGE 2010), a cidade de São Miguel, distante dos principais centros regionais (Natal e Fortaleza), ganhou contornos históricos de independência. Esse isolamento geográfico deu margem para o empreendedorismo do biografado: “Na década de 1950, Seu João (Rufino) Alves de Lima ia comprar café em Minas Gerais e na Bahia e trazia para torrar em São Miguel”, disse Rostand Medeiros. “Ele torrava o café em um imóvel no centro da cidade, com as portas abertas para mostrar que não misturava nada”, complementa o pesquisador.
Junto aos prefaciadores do nosso trabalho, os grandes Raimundo Fagner e Zé Gaudêncio Torquato
Detalhe: em São Miguel não tem “pé de café nem para tirar foto”, mas a família de Seu João Rufino coordena uma das maiores empresas do ramo no mundo. Inicialmente batizada de Café Nossa Senhora de Fátima, a empresa familiar passou a se chamar Santa Clara por questões mercadológicas e, desde o início de 2010, após acertar parceria com outra empresa familiar de Israel, passou a responder pela denominação Grupo 3Corações. “O livro conta toda essa trajetória”, adianta Medeiros.
Durante os dez dias que passei em São Miguel tive o enorme prazer de assinar muito dos mais de 9.000 livros que lá foram distribuídos gratuitamente para toda população. Como na casa do amigo Eliziário Neto, no bairro de Santa Tereza. Neto é proprietário de uma pequena confecção e fez questão de chamar vários vizinhos para que eu assinasse seus exemplares. Foi tudo muito positivo e só tenho agradecimentos.
A minuciosa pesquisa de Rostand durou cerca de dois anos, e o resultado pode ser visto ao longo das 380 páginas e 270 fotografias: “A pesquisa revelou detalhes da personalidade de Seu João Rufino, que ainda mora em São Miguel, é casado com Dona Joana Rêgo e leva uma vida simples. Até hoje, apesar do êxito empresarial, é visto pelas pessoas do lugar do mesmo jeito: humilde, amiga e caridosa. É conhecida por sua religiosidade e perseverança”.
Palco do grande show de Fagner
De acordo com o autor, a biografia está sendo distribuída na cidade, um exemplar por residência. “É emocionante ver no rosto dos mais antigos a surpresa ao relembrar do passado a partir das fotos. Estou muito satisfeito com o resultado”, comemora Rostand, convidado para escrever a biografia após a publicação de seu primeiro livro “Os Cavaleiros dos Céus – A Saga do Vôo de Ferrarin e Del Prete”, lançado pela Fundação Rampa em 2009. Com tiragem inicial de oito mil exemplares, a biografia é, muito provavelmente, o livro lançado no RN em 2011 de maior edição.
Na noite do lançamento e do show de Fagner, junto com o grande João Rufino
Uma das histórias contadas em “João Rufino, um visionário de fé” remete à década de 1960, quando Rufino foi tido como louco por distribuir parte de sua produção: “Seu método estava à frente do seu tempo, era tudo uma instintiva jogada comercial. Hoje a empresa é comandada por seus filhos, possuiu sete fábricas e mais de quatro mil funcionários. Sem dúvida a história de Seu João Rufino é um exemplo de fé para qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Uma história universal do homem que teve um sonho e conseguiu realizá-lo”, finaliza.