A MAIOR MATADORA DE HOMENS – E AÍ, ENCARAVA?

Lyudmila Mykhailvna Pavlichenko
Lyudmila Mykhailvna Pavlichenko

Conheça a história da atiradora de elite Lyudmila Pavlichenko. Até o final da Segunda Guerra Mundial esta ucraniana tornou-se a atiradora mais bem sucedida da história, com 309 soldados inimigos mortos

Autor – Rostand Medeiros

É interessante como a extinta União Soviética, um país comunista, não pareceu ter muitos problemas em matéria de igualdade de gênero durante a sua história, em comparação com os países europeus e os Estados Unidos, que promoviam a liberdade e igualdade para todos. Não podemos esquecer que foram os soviéticos que enviaram a primeira astronauta ao espaço exterior no início da década de 1960 (Valentina Tereshkova) e um par de décadas antes, promoveu as suas mulheres para combaterem os invasores nazistas. Aqui temos a história da maior matadora destes inimigos de seu país e, talvez, a mulher que comprovadamente matou mais homens em toda história.

No seu trabalho
No seu trabalho

Pelas fotos que aqui trago eu não posso dizer que a mulher da foto acima, com belos olhos castanhos, um uniforme de corte extremamente masculino e muito condecorada, é alguma grande referência em termos de beleza feminina. Inclusive nas fotos que temos neste artigo podemos ver que esta militar parecia estar até acima do peso. Ou seria o corte do seu uniforme que a deixava cheinha?

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Mas esta mulher de olhos extremamente luminosos, aparência simples, tranquila e serena, matou mais de três centenas de homens dos exércitos que um dia vieram do oeste e ousaram invadir a sua terra.

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Seu nome era Lyudmila Mykhailvna Pavlichenko, nasceu na cidade ucraniana de Balaya Tserkov, em 1916, filha de um operário e de uma professora. Na adolescência se mudou para a cidade de Kiev, a capital ucraniana, na época um estado satélite da União das Republicas Socialistas Soviéticas, a URSS. Desta época ela descreveu-se como uma menina “indisciplinada na sala de aula”, mas atleticamente competitiva, e que não se permitiria ser superada por meninos “em nada”.

Neste período a garota participava de um clube de tiro e se deu bem nesta atividade. Mesmo depois de aceitar um emprego em uma fábrica de armas, ela continuou a praticar a sua pontaria. Em 1937 a jovem Lyudmila se matriculou na Universidade de Kiev, onde estudava história com a intenção de tornar-se uma professora.

Os exércitos de Hitler, a Wehrmacht, arrasando a Europa
Os exércitos de Hitler, a Wehrmacht, arrasando a Europa

Mas em junho de 1941, os alemães lançaram  contra a União Soviética a Operação Barbarossa e a garota imediatamente alistou-se na 25ª Divisão de Rifles, começando sua carreira militar como uma simples recruta. No alistamento ela teve que forçar a barra para ser designada como uma franco atiradora, ou “sniper”, pois o pessoal do alistamento, provavelmente levado pela sua aparência, queria que ela fosse enfermeira.

Lyudmila em ação.
Lyudmila em ação.

No seu primeiro dia no campo de batalha ela estava em uma posição próxima ao inimigo e ficou paralisada de medo. Incapaz de levantar a sua arma, um rifle M1891/30 Mosin Nagant, de 7,62 mm. Um jovem soldado russo ficou ao seu lado na sua posição de tiro. Mas antes que eles tivessem a chance de estabelecer seus alvos, um tiro ecoou e uma bala alemã tirou a vida de seu camarada. Lyudmila ficou chocada. “Ele era um bom menino e tão feliz”, ela lembrou. “Ele foi morto repentinamente ao meu lado. Depois disso, nada poderia me impedir”. Em pouco tempo ela registrou suas primeiras vitórias; com precisão matou dois batedores alemães que tentavam reconhecer uma área perto da localidade rural de Belyayevka.

Rifle M1891/30 Mosin Nagant, de 7,62 mm, similar ao utilizado pela atiradora de elite
Rifle M1891/30 Mosin Nagant, de 7,62 mm, similar ao utilizado pela atiradora de elite

A jovem soldado lutou tanto na região de Odessa e na Moldávia, onde acumulou a maioria de suas mortes. Extremamente seletiva, como toda mulher deve ser, Lyudmila tinha uma enorme preferência por homens que utilizavam no peito e nos ombros muitas fitas, condecorações e outros penduricalhos que os oficiais militares se ornamentam para mostrar a sua bravura em combate. Consta que mais de 100 oficiais nazistas pagaram com a vida por andar com estes prêmios diante da mira telescópica do rifle de Lyudmila.

Ela se tornou um dos mais de 2.000 atiradores de elite do sexo feminino no Exército Vermelho, dos quais apenas cerca de 500 sobreviveram à guerra. Creio que não vale nem a pena descrever o que os nazistas faziam com as atiradoras que eles capturavam vivas!

Um atirador de elite alemão. Igal a este Lyudmila matou 36.
Um atirador de elite alemão. Igual a este Lyudmila matou 36.

Como a contagem de homens mortos pela ucraniana só crescia, ela recebeu mais e mais missões perigosas, incluindo a mais arriscada de todas – o duelo à distância com franco-atiradores inimigos. Lyudmila Pavlichenko nunca perdeu um único embate contra seus opositores, matando 36 atiradores em caçadas que poderia durar todo um dia e uma noite. Em um caso o duelo durou três dias.

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Sobre este caso em particular ela comentou que “Essa foi uma das experiências mais tensas da minha vida”. É  interessante ver como esta jovem teve resistência e força de vontade que a levou a ficar 15 ou 20 horas deitada, mantendo a calma, silêncio e o sangue frio necessário para apertar o gatilho no momento certo. “Finalmente”, disse ela sobre seu perseguidor nazista, “ele fez um movimento e atirei”. Um a menos!

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Quando os alemães ganharam o controle de Odessa, sua unidade foi enviada para a região da cidade de Sevastopol, ou Sebastopol, ao sul da península da Criméia, onde Lyudmila passou oito meses de intensos combates.

Em maio de 1942 ela já tinha alcançado o posto de tenente, quando foi citada pelo Conselho do Exército do Sul por ter matado 257 soldados alemães, incluindo 187 em seus primeiros 75 dias neste estranho trabalho para uma mulher.

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Seu total de mortes confirmadas durante a Segunda Guerra Mundial foi de 309. Também deve ser notado que o número real de inimigos abatidos por Lyudmila foi, provavelmente, muito mais do que os 309 confirmados por testemunhas. Historiadores acreditam que esta mulher pode ter matado mais de 500 inimigos.

Lyudmila foi ferida em quatro ocasiões distintas. A mais grave ocorreu em junho de 1942, quando sua posição de tiro foi bombardeada por fogo de morteiros e ela recebeu estilhaços no rosto.

Lyudmila com a Primeira Dama dos Estados Unidos, a Sra. Eleanor Roosevelt
Lyudmila com a Primeira Dama dos Estados Unidos, a Sra. Eleanor Roosevelt

Apenas dois meses depois de deixar Sevastopol, a jovem oficial estava nos Estados Unidos, em um trabalho puramente propagandístico. Ela se tornou o primeiro cidadão soviético a ser recebido pelo Presidente Roosevelt na Casa Branca e manteve uma ótima relação com Eleanor Roosevelt, a Primeira Dama.

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Para a imprensa americana Lyudmila relatou que suas botas negras tinham “Conhecido a sujeira e o sangue de batalha”. Ela deu entrevistas com descrições contundentes de seu dia como uma franco atiradora. A ucraniana relatava sua odisseia com extrema sinceridade, olhando os repórteres nos olhos, falando com delicadeza, mas de maneira firme e muito orgulhosa em relação aos seus feitos. Matar nazistas, disse ela, não lhe despertou emoções complicadas. Na época afirmou “A única sensação que tenho é a grande satisfação que um caçador sente ao matar um animal de rapina”.

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A atiradora fez tanto sucesso na terra de Tio Sam que até mesmo virou “hit” de canção popular. Isso ocorreu quando o músico americano Woody Guthrie gravou uma canção Intitulada “Senhorita Pavlichenko”, em homenagem a durona atiradora de olhos suaves. Neste país Lyudmila ainda foi agraciada com uma pistola Colt calibre 45, com gravações exclusivas de sua visita, e um rifle Winchester 70. O último dos quais pode ser visto em Moscou, no Museu Central das Forças Armadas.

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Tendo alcançado o posto de major, Lyudmila nunca mais voltou a combater, mas tornou-se instrutora de franco atiradores soviéticos até o fim da guerra. Em 1943, ela foi premiada com a Estrela de Ouro de Herói da União Soviética.

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Lyudmila Mykhailvna Pavlichenko foi destaque em dois selos postais comemorativos na União Soviética depois da guerra (um deles trago ao lado). Ela terminou um mestrado em história na Universidade de Kiev, foi ativa no comitê soviético de veteranos de guerra e, entre outras coisas, trabalhou como assistente de pesquisa na sede da marinha soviética.

Morreu em 10 de outubro de 1974, aos 58 anos de idade.

Apesar do número elevado de mortos, não podemos esquecer que esta mulher era apenas uma militar em combate, nunca foi uma “serial killer”. Ela cumpria seu dever de defender seu país, que havia sido invadido e, como em todas as guerras, se espera que os militares matem o maior número de invasores inimigos.

Ou alguém acha que por ser mulher ela não poderia cumprir a sua missão?

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23 comentários sobre “A MAIOR MATADORA DE HOMENS – E AÍ, ENCARAVA?

  1. José Augusto Franco Coelho 15/02/2014 / 19:37

    Meu caro Rostand:
    É incrível esse seu estilo de descrever um determinado assunto! De maneira simples, direta, sem “devorteios” e precisão histórica suiça, você nos leva a “viajar na maionese” ! Outro aspecto igualmente brilhante, é a sequencia de fotos inéditas que acompanham as matérias. Raras vezes pude ver coisa semelhante na mída tupiniquim!
    Um exemplo perfeito foi a reportagem feita s/ as origens do Fusca. Jamais vi uma sequencia de fotos como aquelas! Obrigado Rostand, por vc existir e nos manter atualizados no quesito História1

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  2. Ângela F. 24/02/2014 / 16:59

    precisa mesmo comentar sobre o peso da moça ou sobre ser ou não ~padrão de beleza~?

    Curtido por 1 pessoa

    • Rostand Medeiros 24/02/2014 / 20:08

      Olá Ângela,
      Primeiramente obrigado pela sua mensagem.
      Bem, todos os textos que li em jornais americanos da época e disponíveis na internet, comentaram de uma maneira extremamente jocosa e depreciativa a apresentação física e o modelo do uniforme desta combatente na visita que fez a este país. Pelo que entendi, os americanos (no caso a imprensa) ficaram sem saber se ela estava acima do peso, ou o corte do seu uniforme não mostrava a beleza do seu corpo. Na verdade, apesar da URSS ser um aliado naquele momento dos Estados Unidos contra os nazistas, é nítido a ideia da imprensa americana em não exultar os feitos de combate da atiradora de elite, nem do exército que ela fazia parte. Gastaram muitas letras enchendo as reportagens com detalhes bobos, sobre questões de moda e beleza feminina da atiradora.
      Sobre a questão de ter comentado no meu texto sobre o pretenso excesso de peso da combatente e de sua beleza física (que em nenhum momento cheguei a afirmar diretamente que ela fosse gorda), apenas quis mostrar que ela era uma pessoa bem normal e comum, que tinha feito algo bastante diferenciado para a grande maioria das mulheres. Isso tudo no momento em que mais de 20 milhões de pessoas da sua nação tinham suas vidas ceifadas pela sanha assassina de um exército de fanáticos.
      E no final ainda faço questão de comentar – “Ou alguém acha que por ser mulher ela não poderia cumprir a sua missão?”
      Espero puder ter esclarecido.
      Rostand

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      • Ludmylla 12/09/2014 / 18:16

        Compreendo que os materiais aos quais o senhor pesquisou dessem alto valor ao fator peso/beleza e que sua intenção era “normalizá-la”, mas colocar da forma como foi feito é extremamente dispensável e não correspondeu a essa intenção. Aparentemente, é esperado que só pelo fato de ser mulher ela deva atender a esses pré-requisitos, mas não, nenhuma mulher tem a obrigação de ser bonita ou magra, sinto informar. Além desse ponto, o uso da expressão “extremamente seletiva, como toda mulher deve ser” denota, mais uma vez, machismo num texto que busca o contrário já que busca mais uma vez padronizar o comportamento ou modo de ser de uma mulher a partir do ponto de vista do autor, o que nada acrescenta ao texto ou a história da personagem incrível que é retratada. Uma pena!

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      • Thaís Domett 26/07/2017 / 16:45

        De nada acrescenta os escritos referente à aparência da mulher. Não se vê isso em textos que falam sobre homens…
        Para mim isso só serve para alimentar o ego frágil de machos que não aguentam o sucesso de mulheres…. “Ah, ela foi foda, mas deixa eu criticar aqui a beleza dela para me sentir melhor”.

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    • Cemed UFMG 22/09/2014 / 09:51

      Pois é, achei isso improfícuo.

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    • Gustavo Vilella Whately 26/08/2016 / 11:48

      Pensei exatamente isso. O texto é muito bem escrito, tem dados precisos, muita informação boa, fácil de ler, bastante foto… Mas esse parágrafo foi extremamente desnecessário, todos os ponto,s inclusive falar sobre ela estar acima do peso ou não.

      Tirando esse parágrafo (uma crítica pontual) Parabéns ao autor pelo post, muito bom mesmo.

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  3. Melissa 16/09/2014 / 07:52

    Peso e aparência física de um homem na posição dela jamais seriam sequer citados, porque não importa. Mas uma mulher para ser excelente em algo ‘precisa’ necessariamente ser excelente em todo o resto. Igualdade, estamos longe ainda.

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  4. Christian Moroni 16/09/2014 / 15:08

    A matéria é Fantástica… e aí vem alguém e implica com o dois detalhes que o autor mencionou… Ai ai ai… prefiro nem comentar! hehehe…

    Rostand, tu mandou bem! Belíssimo texto!

    Parabens!

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  5. Fratini 05/07/2015 / 20:34

    Muito bom! Gostaria de saber : casou-se e teve filhos!?

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    • melissa 17/06/2016 / 06:06

      “Casou-se e teve filhos?”, Kkkkk! Será que interessaria a alguém saber se o Vassili Zaitsev, também franco atirador e contemporâneo de Lyudmila, se casou ou teve filhos? Imagino que o fato de ser mulher, na concepção antiquada dos homens que aqui se expressam, além de reproduzir esse mantra de (des)qualificação de gênero “ser bela e magra”, também inclua, obrigatoriamente, “ser mãe e esposa”. Que rapazes atrasados, não ?!

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      • humberto 27/02/2017 / 23:15

        Mellissinha…
        Com certeza ninguém se interessaria em saber se o Vassili Zaitsev casou-se e teve filhos.
        Aliás, sequer seria interessante saber algo sobre o Vavá…

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  6. Rouxinol 02/03/2017 / 13:50

    Se fosse um cara e a fosse meio gordinho, baixinho ou alto também seria comentado, não é pq ela é mulher, pessoas gostam de levar tudo como ofensa.

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  7. Marcelo Luís Rezende 27/06/2017 / 21:17

    Simö Haya, o Morte Branca, matou quase o dobro usando uma espingarda e outros 200 com uma mini gun, logo dizer que essa é a mais bem sucedida é um desrespeito a ele. Tava escrito na Wikipédia né? Ela tbm n sobreviveu a um headshot, matou o outro atirador e morreu dormindo aos 91 anos em paz… Se quer o número exato das pessoas que ele matou com a espingarda, 505.
    Ela foi foda, mas não a melhor.

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  8. Suerly Sousa Vidal 01/07/2017 / 19:45

    Como foi sua morte?foi combatendo?ou morte natural?

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    • Stefani 09/07/2017 / 18:10

      Suerly, a morte dela (Lyudmila) foi por causas naturais, tanto que sua última vez em batalha foi durante a Segunda Guerra, e ela apenas foi falecer na década de 70…

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  9. Virtual McCoy 16/07/2017 / 00:16

    Teoria x prática: Nos programas sobre ciência que eu vejo (nos poucos canais a cabo que exibem programas sobre ciência), eu observo as cientistas/físicas/astronômas. A grande maioria que o canal escolheu pra entrevistar e/ou dar opiniões é bonita e bem cuidada. Observo que estão com as unhas pintadas. Na minha cabeça dá um nó: por que uma mulher que tem doutorado em alguma coisa vai se preocupar em pintar as unhas? Simples! Porque beleza e magreza dão Ibope! Observe a elite do jornalismo feminino da TV, por exemplo. Tirando
    a Míriam Leitão e a Mônica Waldvogel, todas são bonitas. Outro caso: A princesa Diana morreu em 31/08/1997. Madre Teresa de Calcutá, em 05/09/1997. Cinco dias de diferença nas datas. Alguém lembra se houve alguma comoção pela morte da madre? Quem fez mais pela humanidade (embora haja eventos nada lisonjeiros na vida da Madre Teresa)? O que a Diana fez pelo seu vizinho? Mas o mundo chorou sua morte……Por que? Tirando aquele nariz torto, ela era linda de morrer! Já a madre, coitada…….Não adianta dar murro em ponta de faca nem procurar chifre em cabeça de cavalo: beleza conta numa mulher. Pode ser injusto levar isso em conta, mas é genético, tá no DNA masculino. Richard Dawkins explica porque homens procuram beleza e juventude numa mulher que, por sua vez, procura força e poder nos homens.

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    • humbabomber 16/07/2017 / 20:09

      KKKKKK Apoio!
      Está não só no DNA masculino, mas no DNA do homo sapiens e da mulier sapiens!

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  10. José Brendo 09/10/2017 / 11:05

    Gostei muito do seu artigo, eu assisti um filme que conta a história de um atirador (Vassili), e no filme tem uma atiradora com o mesmo nome (ludimila) logo eu pensei que fosse a mesma, porém, depois de ler o artigo percebia que não é.
    Meus parabéns amigos esclareceram minhas dúvidas 🙂

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