HÁ 100 ANOS ELE DISPAROU OS TIROS FATAIS QUE PROVOCARAM A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Baseado no texto de Aida Cerzek, da Associated Press / Fotos – AP Photo/Historical Archives Sarajevo
Passado um século ainda existe muita controvérsia sobre a figura Gavrilo Princip, um nacionalista sérvio de 19 anos, que matou a tiros o arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro do império Austro-húngaro, e sua esposa Sophie, Duquesa de Hohenber, e com isso iniciou a Primeira Guerra Mundial.
Logo após o ato de Gavrilo, o Império Austro-húngaro acusou o governo Sérvio de estar por trás do assassinato. Apoiado pela Alemanha, a Áustria-hungria atacou a Sérvia, mas seus aliados, o Império Russo e a França, entraram em sua defesa. Logo a Grã-Bretanha e o seu ainda grande e unido império se juntaram à luta. Em 1917 os Estados Unidos também entram no conflito.
Quando a matança em massa, conhecida na época como a Grande Guerra, terminou em 1918, havia ceifado cerca de 14 milhões de vidas – sendo 5 milhões de civis e 9 milhões de soldados, marinheiros e aviadores – e deixou mais de 7 milhões de inválidos.
Após o assassinato do príncipe e de sua esposa, Gavrilo Princip foi imediatamente preso e morreu na prisão meses antes do fim da guerra.
O fato aconteceu no dia 28 de junho, em Sarajevo, nos Balcãs, aonde o triste legado de Gavrilo vem sendo utilizado para atender determinadas agendas políticas, em uma região onde existem fumegantes rivalidades étnicas e religiosas.
Com o centenário do assassinato as velhas posições entrincheiradas estão ressurgindo e o jovem atirador vai continuar a ser um herói para alguns, ou um sórdido terrorista para outros.
Naquela complicada parte do mundo o que existe em relação ao assassinato do nobre casal é mais uma questão de sentimentos em relação ao que ele fez, onde pouco entra os argumentos históricos sérios e isentos. Tanto que nos livros de história sérvios o assassinato perpetrado por Princip e seus companheiros é descrito em mais de 20 páginas, com o título de “O grande ato de libertação”.
Para os sérvios cristãos ortodoxos, Princip deve ser celebrado como alguém que viu a atual República da Bósnia e Herzegovina como sendo parte do território nacional sérvio. Quando a Iugoslávia se desfez em 1992, a mesma ideia inspirou os sérvios a entrarem em luta contra a decisão dos bósnios muçulmanos e croatas católicos de se declararem independentes. O resultado foi uma sangrenta guerra civil, com fortes contornos étnicos, em pleno limiar do século XX.
Um moderno e barulhento grupo de rock bósnio já escreveu uma canção sobre a manhã de sol em 1914, quando, de acordo com suas letras, Princip tornou-se um “herói para alguns, um criminoso para outros, enquanto, provavelmente, a sua alma ainda está vagando, em algum lugar no meio”.
Prezado Prof. Rostand Medeiros,
Faz alguns anos, em Viena, Áustria, visitei demoradamente o Militärhistorisches Museum e, ali, no último salão, encontrei as peças do magnicídio de Sarajevo, inclusive o uniforme do Arquiduque Franz Ferdinand de Habsburg, com o sangue coagulado no peitoral do dólmã perfurado por alguns projéteis da pistola automática belga Fabrique Nationale d´Armes de Guerre, calibre 9mm short, de Gravilo Princip, a qual não se encontrava naquele museu, como também não as roupas da Duquesa Sophie de Hohenberg, entretanto estava lá o automóvel com vários impactos perfurantes na lataria e nos coxins traseiros bem visíveis, como vieram à minha recordação quando vi as fotografias do seu trabalho, pelo qual o cumprimento.
Atenciosamente,
Lamartine Lima (i.G.H. Bahia).
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Pouco conhecido, mudou a historia do mundo.À 1a guerra sucedeu como consequência a 2a, que me ´´pegou´´ criança. Veio depois o comunismo , motivo pelo qual há mais de 1/2 seculo me encontro no Brasil que me abriu os braços.
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