ESPANHÓIS INVESTIGAM MISTERIOSA PINTURA DE IGREJA DO SÉCULO 13

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LOCAL FOI DESCOBERTO HÁ 35 ANOS, MAS PERMANECE UM MISTÉRIO PARA OS HISTORIADORES

FONTE – http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/11/espanhois-investigam-misteriosa-pintura-de-igreja-do-seculo-13.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post

Agora em novembro um grupo de especialistas em arte medieval tentará desvendar alguns dos mistérios que circundam a Igreja de Alaitza, situada no País Basco (ao norte da Espanha). O local data do século 13 e foi descoberto há 35 anos, mas o significado de suas pinturas permanece desconhecido.

“As pinturas da igreja de Alaitza, na planície de Alava, são como uma história em quadrinhos”, afirma o especialista José Javier López de Ocariz ao jornal espanhol EL País. A obra de arte mostra vários cavaleiros invadindo um castelo, um homenzinho tocando um sino, uma criatura que mistura os mitológicos centauro e sagitário, uma mulher dando à luz, entre outras coisas que não parecem se relacionar.

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Segundo a filósofa Isabel Mellén, todos os pesquisadores que passaram por lá ou que viram as imagens “concordam que são estranhas, irreverentes e sem um sentido claro”. Perto da estrada romana que ligava Bordéus à Astorga, as pinturas foram feitas com uma técnica muito simples, de vermelho, em um fundo claro e com notável engenhosidade.

Essa forma de fazer arte remonta ao século 12, além de se diferenciar de obras situadas em locais próximos, o que confunde ainda mais os especialistas. “Eles escapam a uma classificação nos períodos usuais”, relata Méllen.

As figuras parecem tentar se ligar a algum evento histórico, como a passagem pelas planícies de Alava das tropas de Eduardo de Woodstock, chamado o Príncipe Negro (primogênito do rei Eduardo III, da Inglaterra) em 1367, acompanhando o rei Pedro I, na véspera do confronto em Nájera com Enrique de Trastámara. Mas os historiadores ainda não conseguiram afirmar com certeza: não parece lógico que, em meio a um confronto, os soldados parariam para decorar uma igreja.

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Mas as contradições não terminam por aí. Logo abaixo das pinturas, há uma inscrição incompleta em latim. “A inscrição tem duas partes, a primeira que coincide com um texto litúrgico, parte de um hino de Corpus Christi, e o fim adverte que ‘Em todos os lugares, o inferno'” conta López de Ocariz. O problema? A legenda não corresponde nem ao período nem à temática da pintura.

CONHEÇA A VERDADE POR TRÁS DA TÁVOLA DO REI ARTUR

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A mítica história do Rei Artur é um dos grandes temas da literatura britânica. Mas existe alguma verdade por trás do mito? E por que ele é ainda tão influente após séculos? 

O Rei Artur que conhecemos hoje é uma junção de diferentes lendas, escritas por diferentes autores, em épocas distintas. Todas são unidas pelo tema comum de que o Rei Artur foi um general britânico do século V que lutou contra tribos anglo-saxônicas e garantiu que a Grã-Bretanha permanecesse um paraíso ocidental. A primeira menção ao Rei Artur na história data de 830 e é atribuída a um autor chamado Nennius. Ele escreve: “Naqueles dias, então, Artur lutou junto aos reis britânicos, e ele era o comandante nessas batalhas”. 

Um conto mais elaborado sobre o Rei Artur surgiu no século XI, quando Geoffrey de Monmouth publicou seu livro “The History of the Kings of Britain” (em tradução livre, “A História dos Reis da Grã-Bretanha”). A vida inteira de Arthur é descrita pela primeira vez nessa publicação, desde seu nascimento, em Tintagel, até sua morte, e as figuras de Guinevere e Merlin são introduzidas. Esse livro teve um impacto enorme na época. Até hoje, ainda existem aproximadamente 200 manuscritos. 

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Com o casamento de Henrique II de Inglaterra com Leonor da Aquitânia, as histórias de Artur começaram a florescer nas cortes francesas, e a lenda tomou ares românticos e espirituais. Foi nesse contexto que o misterioso Cálice Sagrado aparece pela primeira vez pelas mãos do escritor da corte francesa Chrétien de Troyes. Em seu poema “Perceval ou le Conte du Graal” (1181-90), ele fala: 

“Uma garota chegou, bela, formosa e lindamente enfeitada, e entre suas mãos ela segurava um cálice. E quando ela trouxe o cálice, o local foi inundado por uma luz tão brilhante que as velas perderam seu brilho, assim como a lua ou as estrelas quando o sol nasce”. 

Os contos do Rei Artur se tornaram tão incorporados às mentes dos britânicos que quando Henrique VIII chegou ao trono, em 1509, ele mandou repintar a Távola Redonda de Winchester, de Eduardo III, com seu semblante retratado no topo, como um novo Artur, um imperador cristão e chefe do Império Britânico. 

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Outro exemplo da influência de Artur data de 1834, quando as Casas do Parlamento foram reconstruídas após um incêndio desastroso. Imagens do Rei Artur, do livro de Thomas Malory “The Death of Arthur” (1846), ou “A Morte de Artur”, na tradução, foram selecionadas para a decoração da antessala cerimonial da rainha na Câmara dos Lordes.

Até hoje, o mito não perdeu seu apelo e é ainda tema de muitos livros e filmes. Porém, apesar da presença forte de Artur no folclore Celta, são poucas as evidências sobre a sua real existência. Na história, não há menção a nenhum Artur. A única fonte contemporânea, “The Ruin and Conquest of Britain” (em tradução livre, “A Ruína e a Conquista da Grã-Bretanha”), livro escrito pelo historiador e monge britânico Gildas, menciona apenas um líder sem nome e Rei dos Britânicos – seria Artur? 

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O consenso entre a maioria dos historiadores é que Artur provavelmente existiu, ou como um indivíduo, ou mesmo como uma série de indivíduos. Como muitos dos heróis da Idade Média foram homens reais cujos talentos foram aceitos como verdade pela maioria dos historiadores, há uma grande possibilidade de que Artur tenha sido um guerreiro Celta que deu origem ao resto das estruturas mitológicas. 

Por que, mesmo sem evidências concretas, Artur figura tão fortemente na mitologia britânica? Uma explicação seria que Artur representa a história britânica em sua totalidade, sendo seus contos um modo de explicar como nasceu a Grã-Bretanha, especialmente com relação aos Saxões e Celtas. Certamente, a história se tornou popular durante tempos de inquietação social devido à sua inquestionável estabilidade moral. E os últimos séculos só serviram para provar que a história do Rei Artur está longe de perder seu magnetismo.

FONTE – http://seuhistory.com/microsite/o-ultimo-reino/noticias/tavola-do-rei-artur-e-revelada