DOZE CASTELOS COM FAMA DE MALDITOS E SUAS HISTÓRIAS

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Tragédias reais deram origem a lendas fantasmagóricas sobre estas fortalezas

Fábio Marton

Fonte – https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/doze-castelos-com-fama-de-malditos-e-suas-historias.phtml

Ceasars-Tower
Fonte – https://www.warwick-castle.com/plan/accessibility-guide-for-warwick-castle.aspx

12. Warwick (Inglaterra)

Construído no século 10, foi palco de diversas batalhas durante a invasão normanda da Inglaterra. Um dos donos do castelo, sir Fulke Greville, foi assassinado em 1628 por seu empregado. Segundo a lenda, ele se materializa do seu retrato em noites frias. Além disso, um grande cachorro negro de olhos vermelhos ronda o local.

Himeji Castle in Japan
Fonte – http://www.qualviagem.com.br/conheca-o-principal-castelo-do-japao-himeji/

11. Himeji (Japão)

O castelo existe desde 1346, mas foi no século 17 que teria começado sua a maldição. A serva Okiku era apaixonada pelo nobre local. Quando descobriu uma conspiração para assassiná-lo, ela revelou os planos. O arquiteto do golpe, por vingança, acusou-a de ter roubado um dos pratos do senhor. Foi torturada e seu corpo jogado no poço do castelo – que ainda hoje leva seu nome.

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Fonte – https://www.spottinghistory.com/view/1130/chateau-de-brissac/

10. Brissac (França)

Com mais de sete andares e 200 salas, remonta ao século 11, quando era residência dos condes de Anjou. No século 15, o castelo foi renovado pelo ministro Pierre de Breze. Seu filho o herdou e mudou-se para lá com a esposa, Charlotte, que um dia foi pega na cama com um caçador. O marido fez picadinho de ambos, com cem golpes de espada. Os gemidos da “Dama de Verde” seriam ouvidos pelos corredores até hoje. (Sem querer estragar o susto, ele é bem conhecido aqui no Brasil – como o Castelo de Caras.)

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Fonte – Wikimedia Commons

9. Bardi (Itália)

O primeiro morto é o último elefante do general cartaginense Aníbal, Bardus, que teria morrido ali em sua malfadada tentativa de conquistar Roma – daí o nome do lugar. Construída no século 9 para conter invasões húngaras, a fortaleza tem uma história digna de Shakespeare. A filha do dono apaixonou-se por um capitão. Esperando seu retorno, avistou o Exército inimigo e optou por se matar. Na verdade, eram os locais, que usavam as cores dos derrotados para vangloriar-se. Ao ver o corpo da noiva, o capitão se matou.

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8. Bran (Transilvânia, Romênia)

Boa parte do turismo da Romênia se baseia em conhecer a terra de Drácula – o da vida real, o voivoda (geralmente traduzido para príncipe, não conde) Vlad Dracula, que mandava empalar seus inimigos otomanos aos milhares. O castelo de Bran é o que mais se propagandeia como o legítimo “Castelo de Drácula”, talvez pela coincidência com o nome do autor Bram Stoker, mas Vlad no máximo passou alguns dias lá. Mas teria uma hóspede de muito prestígio: a rainha Maria, última monarca da Romênia, que lá morou até ser deposta por socialistas em 1927. Seu coração está enterrado ali.

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Fonte – Wikimedia Commons

7. Edimburgo (Escócia)

Fortaleza militar do século 12 e servindo de residência real, foi cercada inúmeras vezes – é um dos lugares mais atacados militarmente na História. Hoje a fama é de ser atacada pelo outro mundo. O fantasma do duque Alexander da Albânia, aprisionado nos calabouços, vaga por lá, acreditam. Lady Glamis, acusada de bruxaria em 1537 e queimada viva, supostamente ainda ronda os quartos. Soldados franceses e vítimas da Peste Negra são outros convivas.

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Fonte – Wikimedia Commons

6. Dragsholm (Dinamarca)

Construído no século 13 e transformado em prisão no 16, a fama é de abrigar mais de uma centena de espectros. Dizem que o seu criador é avistado de carruagem e tudo durante a noite. Outro morador é o Lorde de Bothwell, um nobre escocês que tentou fugir da perseguição em seu país só para ser aprisionado em condições terríveis na Dinamarca. A filha de um de seus donos teria sido cimentada viva como punição por amar um plebeu. Em 1930, um esqueleto foi achado. O vestido era igual ao de uma menina que diziam ser avistada durante a noite nos corredores.

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Fonte – Wikimedia Commons

5. Corvin (Transilvânia, Romênia)

Um dos maiores e mais espetaculares castelos da Europa, foi construído no século 15, por Hunyadi János e abrigou Vlad Drácula por sete anos, como prisioneiro político – até ele e Hunyadi decidirem se aliar. Se Drácula dá as caras por lá, não está sozinho: outra lenda diz respeito ao poço de 30 metros que servia ao castelo. Escravos turcos teriam levado 15 anos para construí-lo, sob a promessa de liberdade, que não foi cumprida. De fato, há uma inscrição em seu fundo, mas não exatamente uma maldição: “Quem escreveu isto foi Hassan, escravo”. Como é um dos mais visitados da Europa, também é um dos que mais rendem fotos com borrões fantasmagóricos. E tem um caro raro de fantasmas que comete agressões físicas: os guias falam de uma expedição onde turistas ficaram por lá à noite e foram encontrados com hematomas no dia seguinte.

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Fonte – Wikimedia Commons

4. Chillingham (Inglaterra)

Em 1297, o líder escocês William Wallace – esse mesmo, o interpretado por Mel Gibson em Coração Valente – atacou o local e ateou fogo à abadia, incinerando mulheres e crianças (por algum motivo, essa parte foi deixada de fora do filme). Um panfleto de 1925, da Condessa de Tankerville, já fazia referência a almas penadas que habitam o castelo. A mais famosa, o “menino azul”, pertencia a um pajem incumbido de entregar documentos confidenciais à Armada Espanhola.

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Fonte – Wikimedia Commons

3. Moosham (Áustria)

Foi construído pelos regentes de Salzburgo no século 13, e passou para a Igreja Católica no 14. E isso daria a ele o infame nome de “Castelo das Bruxas” – não porque elas moravam ali, mas porque ali morriam. Não se sabe quantas pessoas foram queimadas vivas, decapitadas ou enforcadas no lugar. A fama é que nunca foram embora. Também tem algo para fãs de alienígenas: por volta de 1800, moradores da região registraram casos de mutilação de animais nas imediações do edifício.

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2. Poenari (Transilvânia, Romênia)

Este é o real castelo de Vlad Dracula. Segundo a lenda, o cimento entre suas pedras contém sangue humano, vindo de sacrifícios e usado para dar uma resistência extra. Em volta, dele, foram empalados centenas de turcos e outros inimigos, e deixados para morrer ao longo de horas ou dias. Infelizmente, só restam ruínas, acessadas com muito esforço. O que não impede candidatos a vampiro de passarem a noite por lá e voltarem contando de ruídos, aparições e até ataques a animais durante a noite. 

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1. Houska (República Tcheca)

A imagem pode não impressionar, mas a história é a mais tétrica de todas. O castelo não é fortificado, não fica perto de nada e, na verdade, ninguém passou a morar nele quando foi feito. Construído no século 13, sob ordens do regente da Boêmia Ottokar II, foi erguido para preencher uma falha geológica profunda – um buraco que diziam não ter fundo. Desse portal para o inferno, sairiam criaturas macabras e, para sua construção, foram usados prisioneiros. Não bastasse o passado, o local também foi usado para experimentos nazistas. 

A CERVEJA PRETA MOSSORÓ – UMA HOMENAGEM GALOPANTE

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Apresento a vocês a cerveja preta Mossoró, um produto da Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, de Campinas, São Paulo, que começou a ser comercializada na década de 1930. Consta que era uma bebida saborosa e muito apreciada.

Fábrica Columbia, em Campinas, São Paulo - Fonte - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com.br/2011/02/memoria-fotografica-fabrica-columbia.html
Fábrica Columbia, em Campinas, São Paulo – Fonte – http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com.br/2011/02/memoria-fotografica-fabrica-columbia.html

Esta fábrica do interior paulista iniciou sua produção em 1906, através do seu fundador Ângelo Franceschini, um italiano que chegou ao Brasil em 1875. Ficava em um grande prédio na Avenida Andrade Neves, 103 e todos seus produtos receberam medalhas de ouro e diplomas de honra nas exposições italianas de Torino em 1911, e em Roma em 1913. Fabricava entre outras, as cervejas: Franciscana, Duqueza, Colúmbia, Negrita e ainda o Guaraná Cristal. A produção anual de cerveja, refrescos, gasosas, água mineral e xaropes eram de 15 mil hectolitros.

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Mas o fato desta indústria campineira colocar Mossoró como nome de um dos seus produtos nada tem haver com alguma alusão, ou homenagem, a nossa “Capital do Oeste”. Realmente era uma homenagem, mas a um cavalo.

Ao menos não era um pangaré qualquer. Mossoró, a alimária, foi o primeiro campeão do Grande Prêmio Brasil de turfe, disputado em 1933. Essa é a competição máxima do turfe brasileiro, que ocorre até hoje no tradicional e chic Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro. Consta que esta é uma corrida de galope plano, em pista de grama e destinada a cavalos da raça puro sangue inglês a partir de três anos de idade. Sua vitória nos 3.000 metros do Grande Prêmio Brasil na Gávea foi obtida em 3 minutos e 9 segundos de galope potente e o jóquei foi Justiniano Mesquita.

O campeão Mossoró - Fonte - http://ritaturfe.blogspot.com.br/2010_12_19_archive.html
O campeão Mossoró – Fonte – http://ritaturfe.blogspot.com.br/2010_12_19_archive.html

Outro detalhe é que Mossoró, o animal, era pernambucano, filho de “Kitchner” e “Galathéa”, por “Pericles”, mas como eu não entendo nada de relações equinas, não sei explicar como foi este rolo. Nasceu em 1929 no Haras Maranguape, que pertencia ao coronel Frederico João Lundgren ( sobre este empresário ver – https://tokdehistoria.com.br/2014/05/12/oxente-hitler-arquivos-e-documentos-mostram-que-os-nazistas-estiveram-na-paraiba/ / http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0726/noticias/a-sobrevivente-m0053283.

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Mossoró, o quadrupede, foi longe. Neste mesmo 1933 ele venceu os Grandes Prêmios Cruzeiro do Sul e Dezesseis de Julho. Na temporada seguinte, foi levado para a Inglaterra onde correu em diversos hipódromos. Consta ter sido este cavalo o primeiro animal brasileiro a obter uma vitória em prados estrangeiros. Eu consegui uma manchete de 1935, que mostra o cavalo de Lundgren como tendo obtido o 2º lugar em uma tradicional corrida em Warwick, centro da Inglaterra.

Certamente que diante da popularidade e êxito de Mossoró, o cavalo de corridas, a Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, de Campinas, decidiu assim batizar a sua cerveja preta.

Só não descobri o que as pessoas de Mossoró, a orgulhosa cidade potiguar, achou da popularidade daquele cavalo de corrida.

Em 1957 a Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia foi adquirida pela Companhia Antárctica e a cerveja Mossoró deixou de ser produzida.

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